Retirado do livro TXOPAI E ITÔHÃ
História contada por Apinhaera Pataxó (Sijanete Alves dos Santos)
História contada por Apinhaera Pataxó (Sijanete Alves dos Santos)
Escrita por Kanátyo Pataxó (Salvino dos Santos Braz)
Programa de implantação das escolas indígenas de Minas Gerais.
SEE/MG Belo Horizonte, 1997
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
"Dedico este livrinho para
todas as crianças Pataxó,
especialmente aos meus filhos,
Siwê, Saniwê, Werimehe e Txaha.
Com muito amor e carinho."
Antigamente, na terra, só
existiam bichos e passarinhos,
macaco, caititu, veado, tamanduá,
anta, onça, capivara, cutia, paca,
tatu, sarigüê, teiú...
Cachichó, cágado, quati, mutum,
turuim, jacu, papagaio, aracuã,
macuco, gavião, mãe-da-lua e
muitos outros passarinhos.
Naquele tempo, tudo era alegria.
Os bichos e passarinhos
viviam numa grande união.
Cada raça de bicho
e passarinho era diferente,
tinha seu próprio jeito
de viver a vida.
Um dia, no azul do céu, formou-se
uma grande nuvem branca,
que logo se transformou
em chuva
e caiu sobre a terra.
A chuva estava terminando
e o último pingo de água
que caiu se transformou em um índio.
Depois de sua chegada na terra,
passou a caçar, plantar, pescar e
cuidar da natureza.
A vida do índio era muito divertida
e saudável.
Ele adorava olhar o entardecer,
as noites de lua e o amanhecer.
Durante o dia, o sol iluminava
seu caminho e aquecia seu corpo.
Durante a noite, a lua e as estrelas
iluminavam e faziam suas noites
mais alegres e bonitas.
Quando era à tardinha, apanhava lenha,
acendia uma fogueirinha e ficava ali
olhando o céu todo estrelado.
Pela madrugada, acordava e ficava
esperando clarear para receber
o novo dia que estava chegando.
Quando o sol apontava no céu,
o índio começava o seu trabalho
e assim ia levando o sua vida,
trabalhando e aprendendo
todos os segredos da terra.
Um dia,
o índio estava fazendo um ritual.
Enxergou uma grande chuva.
Cada pingo de chuva
ia se transformar em índio.
No dia marcado, a chuva caiu.
Depois que a chuva parou de cair,
os índios estavam por todos os lados.
O índio reuniu os outros e falou:
- Olha, parentes, eu cheguei aqui
muito antes de vocês, mas agora
tenho que partir.
Os índios perguntaram:
- Pra onde você vai?
O índio respondeu:
- Eu tenho que ir morar lá em cima no ITÔHÃ, porque tenho que proteger vocês.
Os índios ficaram um pouco tristes,
mas depois concordaram.
- Tá bom, parente, pode seguir
sua viagem, mas não se esqueça
do nosso povo.
Depois que o índio ensinou
todas as sabedorias e segredos,
falou:
- O meu nome é TXOPAI.
De repente, o índio se despediu
dando um salto, e foi subindo...
subindo...
até que desapareceu
no azul do céu,
e foi morar lá em cima
no ITÔHÃ.
Daquele dia em diante,
os índios começaram
suas caminhadas aqui na terra,
trabalhando, caçando, pescando,
fazendo festas
e assim surgiu a nação Pataxó.
Pataxó é água da chuva
batendo na terra, nas pedras,
e indo embora para o rio
e o mar.
TXOPAI
olá queria pergunta se voces conhecem os indios akaypwnahã , menaryan ,e ludmila porque tive o praser de conhecelos e fiquei sabendo que eles vinheram de minas e carmesia e outros da bahia e queria muito saber se eles moram ai ! grata pela resposta !
ResponderExcluira proposito meu nome é rayssa eles devem lembrar
ResponderExcluir