TxoPai
30 de setembro de 2011
Importância da Festa das Águas
A Festa das Águas é um ritual dos Pataxó que simboliza fartura. Acontece todos os anos no período que marca o início desta fase através da chegada das Águas, em 05 de outubro.
23 de setembro de 2011
Informações importantes - Festa das Águas
- O que levar?
Roupa para banho (Blusa e short, evitar biquínis e sungas)
Alimentos:
Neste dia de muita fartura e união, os Pataxó convidam os índios e não-índios que quiserem participar da festa a contribuírem por meio de doações de alimentos.
CESTAS DE ALIMENTOS – 5kg por pessoa. (1kg de Arroz, 1kg de Feijão, 1 pacote de Macarrão, 1kg de Açúcar e 1kg de café)
Doações:
Os Pataxós estão montando a Biblioteca da Escola Indígena Bacumuxá, assim agradecem a colaboração com doações de livros de LITERATURA INFANTIL, além de roupas, sapatos, roupas para crianças e brinquedos.
- Onde dormir?
Para os que desejarem dormir na Aldeia devem levar barracas e/ou sacos de dormir para acamparem numa área próxima à Festa.
- Como chegar de CARRO
A Aldeia situa-se no município de Carmésia, próximo aos municípios de Itabira e Guanhães.
O acesso que liga Belo Horizonte à Carmésia ocorre por duas rotas principais:
ACESSO PELA BR-381 - Pegar BR-381 sentido Vitória até o Trevo de Itabira, no Trevo virar a esquerda e seguir até Carmésia - Distância média - 196km
ACESSO PELA MG-010 - Pegar MG-010 e virar à direita na MG-232 - Distância média - 171km
- Como chegar de ÔNIBUS
Empresa SARITUR - Tel: (31) 3419-1800
Roupa para banho (Blusa e short, evitar biquínis e sungas)
Alimentos:
Neste dia de muita fartura e união, os Pataxó convidam os índios e não-índios que quiserem participar da festa a contribuírem por meio de doações de alimentos.
CESTAS DE ALIMENTOS – 5kg por pessoa. (1kg de Arroz, 1kg de Feijão, 1 pacote de Macarrão, 1kg de Açúcar e 1kg de café)
Doações:
Os Pataxós estão montando a Biblioteca da Escola Indígena Bacumuxá, assim agradecem a colaboração com doações de livros de LITERATURA INFANTIL, além de roupas, sapatos, roupas para crianças e brinquedos.
- Onde dormir?
Para os que desejarem dormir na Aldeia devem levar barracas e/ou sacos de dormir para acamparem numa área próxima à Festa.
- Como chegar de CARRO
A Aldeia situa-se no município de Carmésia, próximo aos municípios de Itabira e Guanhães.
O acesso que liga Belo Horizonte à Carmésia ocorre por duas rotas principais:
ACESSO PELA BR-381 - Pegar BR-381 sentido Vitória até o Trevo de Itabira, no Trevo virar a esquerda e seguir até Carmésia - Distância média - 196km
ACESSO PELA MG-010 - Pegar MG-010 e virar à direita na MG-232 - Distância média - 171km
- Como chegar de ÔNIBUS
Empresa SARITUR - Tel: (31) 3419-1800
A Mãe-da-Lua e o Bacurau
História tirada do livro "O Pataxó e suas histórias", p. 14
Escrito por Angthichay; Arariby; Jassanã; Manguahã e Kanátyo Pataxó.
_______________________________________
A MÃE-DA-LUA E O BACURAU
O Bacurau era um rapaz caipira e muito tímido, gostava
muito de caçar à noite.
Um dia, andando pela floresta,
encontrou uma moça muito bonita, a Mãe-da-Lua.
Iniciou-se um diálogo entre ambos, e conversa vai, conversa vem, ele disse pra ela:
- Você quer casar comigo?
- Quero sim. Respondeu a Mãe-da-Lua.
- Pois vamos arrumar. Com trinta dias, nós casamos.
- Tudo bem, disse a moça.
Por ser um rapaz pobre,
teve que tomar um terno emprestado para o casamento.
Pediu uma pena emprestada de cada pássaro e,
trinta dias após, estava tudo pronto para o casamento.
O Bacurau convidou o veado para fazer o casamento
e todos os outros bichos para a festa que seria realizada.
O veado declarou-os casados e disse:
teve que tomar um terno emprestado para o casamento.
Pediu uma pena emprestada de cada pássaro e,
trinta dias após, estava tudo pronto para o casamento.
O Bacurau convidou o veado para fazer o casamento
e todos os outros bichos para a festa que seria realizada.
O veado declarou-os casados e disse:
-Agora podemos ir para o jantar e logo mais dançaremos um forró.
Quando estavam todos assentado à mesa para o jantar,
o macaco, muito gracioso, contou-lhes uma piada e todos riram muito.
A Mãe-da-Lua abriu uma boca tão grande para rir,
que o noivo Bacurau ficou assombrado e fugiu para a floresta.
A noiva, percebendo que o noivo não voltaria mais,
resolveu partir para a sua velha morada, onde até hoje canta:
- João foi, foi, foi, foi....
E ele constantemente responde:
- Amanhã eu vou, amanhã eu vou...
Como não devolveu o terno que tomou emprestado aos outros pássaros,
não pode mais sair de dia.
Quando estavam todos assentado à mesa para o jantar,
o macaco, muito gracioso, contou-lhes uma piada e todos riram muito.
A Mãe-da-Lua abriu uma boca tão grande para rir,
que o noivo Bacurau ficou assombrado e fugiu para a floresta.
A noiva, percebendo que o noivo não voltaria mais,
resolveu partir para a sua velha morada, onde até hoje canta:
- João foi, foi, foi, foi....
E ele constantemente responde:
- Amanhã eu vou, amanhã eu vou...
Como não devolveu o terno que tomou emprestado aos outros pássaros,
não pode mais sair de dia.
30 de agosto de 2011
TXOPAI e ITÔHÃ
Retirado do livro TXOPAI E ITÔHÃ
História contada por Apinhaera Pataxó (Sijanete Alves dos Santos)
História contada por Apinhaera Pataxó (Sijanete Alves dos Santos)
Escrita por Kanátyo Pataxó (Salvino dos Santos Braz)
Programa de implantação das escolas indígenas de Minas Gerais.
SEE/MG Belo Horizonte, 1997
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
"Dedico este livrinho para
todas as crianças Pataxó,
especialmente aos meus filhos,
Siwê, Saniwê, Werimehe e Txaha.
Com muito amor e carinho."
Antigamente, na terra, só
existiam bichos e passarinhos,
macaco, caititu, veado, tamanduá,
anta, onça, capivara, cutia, paca,
tatu, sarigüê, teiú...
Cachichó, cágado, quati, mutum,
turuim, jacu, papagaio, aracuã,
macuco, gavião, mãe-da-lua e
muitos outros passarinhos.
Naquele tempo, tudo era alegria.
Os bichos e passarinhos
viviam numa grande união.
Cada raça de bicho
e passarinho era diferente,
tinha seu próprio jeito
de viver a vida.
Um dia, no azul do céu, formou-se
uma grande nuvem branca,
que logo se transformou
em chuva
e caiu sobre a terra.
A chuva estava terminando
e o último pingo de água
que caiu se transformou em um índio.
Depois de sua chegada na terra,
passou a caçar, plantar, pescar e
cuidar da natureza.
A vida do índio era muito divertida
e saudável.
Ele adorava olhar o entardecer,
as noites de lua e o amanhecer.
Durante o dia, o sol iluminava
seu caminho e aquecia seu corpo.
Durante a noite, a lua e as estrelas
iluminavam e faziam suas noites
mais alegres e bonitas.
Quando era à tardinha, apanhava lenha,
acendia uma fogueirinha e ficava ali
olhando o céu todo estrelado.
Pela madrugada, acordava e ficava
esperando clarear para receber
o novo dia que estava chegando.
Quando o sol apontava no céu,
o índio começava o seu trabalho
e assim ia levando o sua vida,
trabalhando e aprendendo
todos os segredos da terra.
Um dia,
o índio estava fazendo um ritual.
Enxergou uma grande chuva.
Cada pingo de chuva
ia se transformar em índio.
No dia marcado, a chuva caiu.
Depois que a chuva parou de cair,
os índios estavam por todos os lados.
O índio reuniu os outros e falou:
- Olha, parentes, eu cheguei aqui
muito antes de vocês, mas agora
tenho que partir.
Os índios perguntaram:
- Pra onde você vai?
O índio respondeu:
- Eu tenho que ir morar lá em cima no ITÔHÃ, porque tenho que proteger vocês.
Os índios ficaram um pouco tristes,
mas depois concordaram.
- Tá bom, parente, pode seguir
sua viagem, mas não se esqueça
do nosso povo.
Depois que o índio ensinou
todas as sabedorias e segredos,
falou:
- O meu nome é TXOPAI.
De repente, o índio se despediu
dando um salto, e foi subindo...
subindo...
até que desapareceu
no azul do céu,
e foi morar lá em cima
no ITÔHÃ.
Daquele dia em diante,
os índios começaram
suas caminhadas aqui na terra,
trabalhando, caçando, pescando,
fazendo festas
e assim surgiu a nação Pataxó.
Pataxó é água da chuva
batendo na terra, nas pedras,
e indo embora para o rio
e o mar.
TXOPAI
Assinar:
Postagens (Atom)